quinta-feira, 24 de outubro de 2019


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terramoto | s. m.

ter·ra·mo·to |ó| 
(latim terrae motusmovimento de terra)
substantivo masculino
1. [Geologia Libertação súbita de energia que provoca movimentos dasuperfície terrestre. = ABALO SÍSMICOSISMOTREMOR DE TERRA
2. Grande perturbação

"terramoto", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://dicionario.priberam.org/terramoto [consultado em 24-10-2019].

"terramoto", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://dicionario.priberam.org/terramoto [consultado em 24-10-2019].

Pesquisas relacionadas com a intensidade de sismos. O mais recente grande terremoto que atingiu a magnitude 9 foi o sismo e tsunami de Tohoku de 2011, o maior terremoto que atingiu o Japão desde que os registros começaram a serem feitos. A intensidade da agitação é medida pela escala de Mercalli. Quanto mais raso for o terremoto em relação a superfície terrestre, maiores serão os danos causados.[1]Na superfície da Terra, sismos manifestam-se através de tremores e, por vezes, pelo deslocamento do solo. Quando o epicentro de um grande terramoto está localizado no fundo do oceano, ele pode deslocar água o suficiente para causar um tsunami. Os terremotos também podem desencadear deslizamentos de terra e, ocasionalmente, atividade vulcânica. Um sismo de alta intensidade também pode diminuir a rotação do planeta, como, por exemplo, o que ocorreu no Chile em 27 de fevereiro de 2010, que provocou movimento de oito centímetros no eixo de rotação terrestre. O tempo de rotação do planeta pode ter diminuído em cerca de um microssegundo (10−6 s).[2]Em seu sentido mais geral, a palavra "terremoto" é usada para descrever qualquer evento sísmico - natural ou causado pelo ser humano - que gere ondas sísmicas. Os terremotos são causados ​​principalmente por ruptura de falhas geológicas, mas também por outros eventos, como atividade vulcânica, deslizamentos de terra, explosões de minas e testes nucleares. O ponto de ruptura inicial de um terremoto é chamado seu f


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geocinético | adj.

ge·o·ci·né·ti·co 
adjectivo
Diz-se dos fenómenos geológicos que compreendem os movimentosque modificam a superfície do Globo e os convulsivos ou terramotos.

"geocinético", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://dicionario.priberam.org/geocin%c3%a9tico [consultado em 24-10-2019].

Terremotos

18 agosto 2014
Pércio de Moraes Branco
A crosta terrestre é formada por placas rígidas (placas litosféricas) que se deslocam em diferentes direções, como se flutuassem sobre o manto, que é uma porção da Terra de consistência plástica. Esse movimento é vagaroso, apenas alguns centímetros por ano. Mas, as placas são massas colossais e quando duas delas se encontram, começa a haver uma compressão. Em dado instante, a tensão acumulada é tão grande que supera a resistência das rochas e ocorre uma ruptura, chamada falha geológica. Nesse momento, ocorre o terremoto.
Na região onde duas placas estão se afastando, também ocorre tensão, só que de distensão, não de compressão.
A quase totalidade da atividade sísmica do planeta ocorre em limites de placas litosféricas, com terremotos interplacas. Os mapas que mostram a localização dos epicentros deixam bem clara a grande concentração dos sismos, por exemplo, nos bordos da placa do Pacífico. Nada menos de 75% da energia liberada por terremotos ocorre naquela região do globo, conhecida por Cinturão de Fogo do Pacífico, porque os terremotos são ali acompanhados de vulcanismo.
Mas, embora menos freqüentes, pode haver terremotos também dentro de uma placa (terremotos intraplaca). Eles são em geral de pequena intensidade quando comparados com os de bordo de placa. Como o Brasil está na Placa Sul-Americana e esta se choca com outra placa na região da Cordilheira dos Andes, fora do nosso território, estamos livres de terremotos muito fortes, registrando apenas os intraplaca. Mas, isso não significa que aqui ocorrem apenas acomodações de camadas, como se pensava até a década de 70 do século passado.
Os sismos intraplaca são rasos (até 30-40 km de profundidade), e de magnitudes baixas a moderadas.
O ponto no interior da crosta onde se inicia a ruptura e a conseqüente liberação da tensão acumulada chama-se hipocentro (ou foco). O ponto da superfície terrestre imediatamente acima do hipocentro é o epicentro. Este é o que mais interessa à população atingida pelo terremoto, pois ele é uma cidade, um povoado, ou um ponto a uma certa distância de um local conhecido, e não um ponto perdido no interior da crosta.
Quando um terremoto é de baixa intensidade, chama-se de abalo sísmico ou tremor de terra. Mas, a origem e a natureza são exatamente as mesmas, diferindo apenas a extensão da área de ruptura.
O terremoto provoca o surgimento de ondas sísmicas, que se propagam em todas as direções. Elas são de dois tipos, as ondas primárias (ondas P) e as ondas secundárias (ondas S).
As ondas primárias são longitudinais, isso e, vibram na mesma direção em que se propagam. As ondas secundárias são transversais, pois vibram em direção perpendicular As ondas primárias são mais velozes e provocam deformações de compressão e dilatação. As secundárias, mais lentas, provocam deformações tangenciais, também chamadas de cisalhamento.
O som provocado pelo terremoto e propagado pelo ar é transmitido através de ondas do tipo P. Nos líquidos, também, pois as ondas S só se propagam em meio sólido.
Vimos que a velocidade das ondas primárias é maior que a das ondas secundárias. Mas, é importante saber que quanto maior a densidade da rocha, maior a velocidade das ondas sísmicas.


Como se medem os terremotos
O tamanho relativo dos sismos é chamado de magnitude. Ela é medida usando-se a chamada Escala Richter, criada em 1935, por Charles Richter. Essa escala é logarítmica, ou seja, de um grau para o grau seguinte a diferença na amplitude das vibrações é de dez vezes. E a diferença da quantidade de energia liberada é de 30 vezes. Isso significa que um terremoto de magnitude 6 tem vibrações dez vezes menores que um terremoto de magnitude 7 e cem vezes menores que um cuja magnitude é 8.
A mídia costuma afirmar que a Escala Richter vai até 9, mas isso está errado. É verdade que nunca se registrou um terremoto de 10 graus, mas o fato é que a escala não tem limite, nem superior, nem inferior. Um abalo muito fraco pode inclusive ter magnitude negativa, pois a escala apenas compara os terremotos entre si.
Modernamente, usa-se também uma outra escala, que é absoluta e não relativa como a Richter. Ela baseia-se no chamado momento sísmico. De acordo com ela, o maior terremoto já registrado foi um que atingiu o sul do Chile em 1960.
Para se ter uma idéia mais exata do que representa um terremoto muito forte, se ele atingir magnitude 9 na Escala Richter, provocará uma rachadura que cortará a crosta terrestre numa distância igual à que separa o Rio de Janeiro de São Paulo, com cada bloco se afastando 10 m em relação ao outro.
Em 90% dos casos, a magnitude de um terremoto não passa de 7,0 graus.
Uma outra maneira de medir os terremotos e avaliando os efeitos que eles causam em determinado lugar. Para isso, usa-se a Escala Mercalli Modificada.
A Escala Mercalli não se baseia em medições feitas com instrumentos, mas sim na avaliação visual do efeito causado pelo terremoto em objetos e construções e sobre as pessoas.
Quando se passa de um grau dessa escala para o grau seguinte, a aceleração do solo aumenta aproximadamente o dobro.
Essa escala é menos precisa que a Escala Richter, porque usa conceitos como poucas pessoas e muitas pessoas, sem definir um número exato. Mas, por outro lado, é importante para se avaliar um terremoto ocorrido há muito tempo, numa época em que não havia estações sismográficas.


Terremotos no Brasil
Embora se situe no interior de uma placa litosférica e, portanto, em área tectonicamente estável, o Brasil tem uma atividade sísmica que não pode ser ignorada.

A Escala Mercalli
GrauDescrição dos Efeitos
INão sentido. Leves efeitos de período longo de terremotos grandes e distantes.
IISentido por poucas pessoas paradas, em andores superiores ou locais favoráveis.
IIISentido dentro de caso. Alguns objetos pendurados oscilam. Vibração parecida à do
passagem de um caminhão leve. Duração estimado. Pode não ser reconhecido com um abalo sismico.
IVObjetos suspensos oscilam. Vibração parecida o da passagem de um caminhão pesado. Janelas, louças, portas fazem barulho.
Paredes e estruturas de madeiro rangem.
VSentido fora de casa; direção estimada. Pessoas acordam. Liquido em recipiente é perturbado. Objetos pequenos e instáveis são deslocados. Portas oscilam, fecham, abrem.
VISentido por todos. Muitos se assustam e saem às ruas. Pessoas andam sem firmeza Janelas, 1ouças quebrados. Objetos e livros caem de prateleiras. Reboco fraco e construção de má qualidade racham.
VIIDifícil manter-se em pé. Objetos suspensos vibram. Móveis quebram. Danos em construção de má qualidade, algumas trincas em construção normal.
Queda de reboco, ladrilhos ou tifojolos mal assentados, telhas. Ondas em piscinas. Pequenos escorregamentos de barrancos arenosos.
VIIIDanos em construções normais com colapso parcial. Algum dano em construções reforçadas.
Queda de estuque e alguris muros de alvenaria. Queda de chaminés, monumentos, torres e caixas d’água, Galhos quebram-se das árvores. Trincas no chão.
IXPânico geral. Construções comuns bastante danificadas, às vezes colapso total.
Danos em construções reforçadas. Tubulação subterrãnea quebrada. Rachaduras visíveis no solo.
XMaioria das construções destruidos até nas fundações. Danos sérios a barragens e diques.
Grandes escorregamentos de terra. Água jogada nas margens de rios e canais, Trilhos levemente entortados.
XITrilhos bastante entortados. Tubulaçôes subterrâneas completamente destruidos.
XIIDestruição quase total. Grandes blocos do racha deslocados. Linhas de visada e níveis alterados. Objetos atirados ao ar.
Fonte: Assunção & Dias Neto, 2000 (modificado)
O maior terremoto registrado no nosso país ocorreu em 1955 e teve seu epicentro 370 km ao norte de Cuiabá (MT). A magnitude atingiu 6,2 graus na Escala Richter.
Em 1980, houve outro terremoto, com magnitude 5,2, sentido em praticamente todo o Nordeste. Este provocou o desabamento parcial de algumas casas em Pacajus (CE).
Em 8 de junho de 1994, a cidade de Porto Alegre (RS) foi atingida pelas ondas sísmicas provocadas por um terremoto que ocorreu na Bolívia, a 2.200 km de distância. O abalo, que atingiu 7,8 graus na escala Richter, foi mais forte que aquele ocorrido nos Estados Unidos em janeiro daquele ano, e que, com uma magnitude de 6,6 graus, destruiu diversos bairros de Los Angeles. O terremoto da Bolívia, porém, teve consequências bem menos sérias porque seu hipocentro situou-se a grande profundidade, 600 km abaixo da superfície.
Em Porto Alegre, ele foi sentido por algumas pessoas; fez sacudir lustres e objetos suspensos; fez vibrar móveis nos andares mais altos de alguns edifícios; fez girar ventiladores que estavam desligados.
Esses sinais permitem dizer que ele teve uma intensidade IV na escala de Mercalli, sendo por isso classificado como moderado.
Esse terremoto levou 5min 38 s para ser sentido em Porto Alegre, tempo que as ondas sísmicas, viajando a 6,5 km/s, levaram para percorrer os 2.200 km que separam a capital gaúcha do seu epicentro.
Em nosso país, ocorrem a cada ano, em média, 20 sismos de magnitude maior que 3,0 e dois com magnitude maior que 4,0. Isso confirma uma descoberta de Charles Richter: um aumento de um grau na magnitude, diminui em cerca de dez vezes a quantidade de terremotos, seja em que região do mundo for.
No Brasil, terremotos com magnitude maior que 7,0 devem ocorrer uma vez a cada 500 anos; no Chile, isso ocorre a cada 3 anos.
A primeira vítima de terremoto no Brasil foi a menina Jesiane Oliveira da Silva, de 5 anos. Um terremoto de 4,9 pontos na escala Richter que atingiu o vilarejo de Caraíbas, em Itacarambi (MG), em 9 de setembro de 2007, avariou todas as 75 construções da comunidade e destruiu seis delas. Em uma destas seis, estava Jesiane. Outras seis pessoas ficaram feridas, duas em estado grave. Uma delas era a irmã gêmea da menina, que estava com ela na mesma cama.


Terremotos provocados pela atividade humana
Por estranho que pareça, há terremotos que são provocados pela atividade humana. Eles são chamados de sismos induzidos e surgem em decorrência de explosões nucleares, introdução de água e gás sob pressão no subsolo, construção de barragens, mineração a céu aberto de grandes proporções ou extração de fluidos, como petróleo, do subsolo.
De todas essas causas, a única que tem provocado sismos de magnitude considerável é a construção de barragens, mais precisamente, o enchimento do lago, pelo enorme peso que passa a existir no local. O maior desses sismos ocorreu na Índia, em 1967, na barragem de Koyna. Ele atingiu magnitude 6,3 e provocou 200 mortes.
No Brasil, o primeiro sismo induzido de que se tem notícia ocorreu na Hidroelétrica de Capivari-Cachoeira, a nordeste de Curitiba (PR), entre 1971 e 1972. A atividade sísmica continuou até 1979, mas cada vez menos intensa.
Em terremotos desse tipo, é fácil entender, o risco maior é o de afetar a estrutura da própria barragem, pois ela se encontra no epicentro do abalo.
No dia 7 de setembro de 2001, um milhão de crianças do Reino Unido pularamnos pátios de suas escolas ao mesmo tempo para tentar provocar um terremoto. A iniciativa foi do governo britânico, como parte das atividades do Ano da Ciência, que teve por objetivo despertar o interesse pela ciência em crianças e jovens de 10 a 19 anos de idade.
O resultado não foi além de um ligeiro rabisco nos sismógrafos, mas foi aceito pelo Guiness – O Livros dos Recordes como o maior salto simultâneo da história.


O registro dos terremotos
Os terremotos são registrados e estudados nas estações sismográficas.
Nelas, aparelhos chamados sismômetros medem os terremotos e outros, chamados sismógrafos, registram seus efeitos numa folha de papel. Esse registro é chamado de sismograma.
O sismograma é desenhado por uma agulha que se apóia sobre um papel, o qual, por sua vez, envolve um cilindro giratório. À medida que o cilindro vai girando, a agulha vai desenhando o sismograma, através de movimentos em zigue-zague. Quando não há atividade sísmica, a linha é praticamente reta. Quando os abalos surgem, a agulha começa a dar saltos, movendo-se horizontalmente.
TERREMOTOS TERRÍVEIS
Todo terremoto de grande magnitude é apavorante quando atinge áreas povoadas. Isso é cada vez mais comum, porque a humanidade constantemente ocupa espaços vazios na superfície da Terra.
Entre os maiores terremotos que a humanidade enfrentou estão os seguintes:
23.01.1556 – Shensi China – magnitude ignorada - o maior número de mortos: 830.000
01.11.1755 – Lisboa, Portugal – 8,7 graus - O maior terremoto em crosta oceânica. Causou um tsunami devastador e foi seguido de enormes incêndios.
22.05.1960 – Sul do Chile – 8,5 graus - O terremoto de maior magnitude do século XX (9,7 graus se medida com base no momento sísmico).
04.02.1875 – Liaoning, China – 7,2 graus - único grande terremoto previsto com sucesso. Teve poucos mortos.
28.06.1992 – Landers, Califórnia, EUA – 7,5 graus – Causou uma ruptura na superfície de 70 km.
16.01.1995 – Kobe, Japão – 6,9 graus – 100.000 prédios destruídos.


Terremotos no Brasil
O Brasil é tido como um país livre de terremotos, o que não impede que alguns deles sejam sentidos aqui. No dia 8 de junho de 1994, por exemplo, a cidade de Porto Alegre (RS) foi atingida pelas ondas sísmicas provocadas por um terremoto que ocorreu na Bolívia, a 2.200 km de distância.
O abalo, que atingiu 7,8 graus na escala Richter, foi mais forte que aquele ocorrido nos Estados Unidos em janeiro daquele ano, e que, com uma magnitude de 6,6 graus, destruiu diversos bairros de Los Angeles. O terremoto da Bolívia, porém, teve conseqüências bem menos sérias porque seu hipocentro (local no interior da Terra onde ele ocorre) situou-se a grande profundidade, 600 km abaixo da superfície.
Em 90% dos casos, a magnitude de um terremoto não passa de 7,0 graus. Deve-se lembrar que a Escala Richter é uma escala logarítmica. Isso significa que a magnitude 7 é dez vezes maior que a 6,0, cem vezes maior que a 5,0, mil vezes maior que a 4,0, etc. Essa escala avalia os terremotos de acordo com a energia liberada ou, mais precisamente, de acordo com a amplitude das ondas sísmicas que eles provocam. Em áreas urbanas, como Porto Alegre, a importância do terremoto é avaliada de modo mais apropriado com a escala de Mercalli, que classifica os sismos conforme os efeitos que provocam sobre a população e as edificações. O sismo de 8 de junho foi sentido desde o Canadá até a Argentina.
Em Porto Alegre, ele:
  • foi sentido por algumas pessoas;
  • fez sacudir lustres e objetos suspensos;
  • fez vibrar móveis nos andares mais altos de alguns edifícios;
  • fez girar ventiladores que estavam desligados.
Esses sinais permitem dizer que ele teve uma intensidade IV na escala de Mercalli, que varia de I a XII, sendo por isso classificado como moderado.
A escala Richter, ao contrário da escala de Mercalli, não tem um limite definido. A imprensa costuma informar equivocadamente que ela vai de 1 a 9 porque nunca se registrou um terremoto com magnitude 9,0.
O terremoto boliviano de 8 de junho de 1994 levou 5min 38s para ser sentido em Porto Alegre. Este foi o tempo em que as ondas sísmicas, viajando a 6,5 km/s, levaram para percorrer os 2.200 km que nos separam do seu epicentro (ponto da superfície situado exatamente acima do hipocentro).


Origem dos terremotos
A crosta terrestre, camada rígida e mais superficial da Terra, está dividida em blocos, chamados placas tectônicas. Essas placas movem-se muito lentamente (alguns centímetros por ano) e podem se chocar umas contra as outras. Daí surgem os terremotos. A América do Sul é uma dessas placas e desloca-se para Oeste. Neste movimento, afasta-se da placa onde está a África (à qual já esteve unida no passado) e choca-se contra a placa de Nazca, que forma uma parte do fundo do oceano Pacífico. Desses choques, surgiu a cordilheira dos Andes, um amarrotamento da crosta terrestre. Isso explica por que ocorrem fortes terremotos nos países andinos, mas apenas abalos pouco intensos no Brasil.


Sismógrafos e sismogramas
Os terremotos são registrados e estudados nas estações sismográficas. Em Porto Alegre, encontra-se a única dessas estações existentes na Região Sul do Brasil, pertencendo à Universidade Federal do Rio Grande do Sul e coordenada pelo Prof. Antônio Flávio Uberti Costa, que até recentemente trabalhou na CPRM.
Nas estações sismográficas, aparelhos chamados sismômetros medem os terremotos e outros, chamados sismógrafos, registram seus efeitos numa folha de papel. Esse registro é chamado de sismograma.
O sismograma é desenhado por uma agulha que se apóia sobre um papel, o qual, por sua vez, envolve um cilindro giratório. À medida que o cilindro vai girando, a agulha vai desenhando o sismograma, através de movimentos em zigue-zague. Quando não há atividade sísmica (abalos), a linha é praticamente reta. Quando os abalos surgem, a agulha começa a dar saltos, movendo-se horizontalmente.


Fontes
ASSUMPÇÃO, Marcelo & DIAS NETO, Coriolano M. Sismicidade e estrutura interna da Terra. In: TEIXEIRA, Wilson et al. org.
Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2000. 568p. il. p. 43-62.

Tsunâmi

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Disambig grey.svg Nota: Para a banda desenhada/história em quadrinhos, veja Tsunami (Marvel). Para o sismo no fundo do mar (também chamado de "maremoto"), veja Sismo submarino.

Aeroporto de Sendai, no Japão, destruído pelo tsunâmi de Tohoku em 2011.
Um tsunâmi[1][2][nota 1] (em japonês津波 IPA[t͡sɯᵝnäꜜmi],[3] lit. "onda de porto") ou maremoto[nota 2] (do latimmare, mar + motus, movimento) é uma série de ondas de água causada pelo deslocamento de um grande volume de um corpo de água, como um oceano ou um grande lago. Tsunâmis são uma ocorrência frequente no Oceano Pacífico: aproximadamente 195 eventos desse tipo já foram registrados. Devido aos imensos volumes de água e energia envolvidos, tsunâmis podem devastar regiões costeiras.
Sismoserupções vulcânicas e outras explosões submarinas (detonações de artefatos nucleares no mar), deslizamentos de terra e outros movimentos de massa, impactos, e outros distúrbios acima ou abaixo da água têm o potencial para gerar um tsunami.
O historiador grego Tucídides foi o primeiro a relacionar um tsunami a sismos submarinos,[4][5] mas a compreensão da natureza do tsunami permaneceu incipiente até o século XX e ainda é objeto de pesquisa. Muitos textos antigos geológicosgeográficos e oceanográficos referem-se a tsunâmis como ondas sísmicas do mar.
Algumas condições meteorológicas, tais como depressões (atmosféricas) profundas que provocam ciclones tropicais, podem gerar uma tempestade chamada meteotsunami, com a elevação do nível de grande massa de água a vários metros acima do normal. A elevação vem da grande redução da pressão atmosférica no centro da depressão em relação ao seu entorno. Atingindo a costa podem assemelhar-se (embora não o sejam) a tsunâmis, inundando vastas áreas de terra. Uma onda desse tipo inundou a Birmânia (Myanmar), em maio de 2008.

Etimologia e relação entre tsunâmi e maremoto[editar | editar código-fonte]

O termo "tsunâmi" provém do japonês, através da junção de "porto" (tsu, 津) e "onda" (nami, 波).,[6] Embora a versão estrangeira da palavra ainda seja muito usada (caso em que deve ser destacada do texto, seja com aspas, seja colocando-a em itálico), os dois dicionários mais vendidos respectivamente no Brasil e em Portugal, o Dicionário Aurélio[2] e o Dicionário da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico[7] da Porto Editora,[1] já trazem a forma aportuguesada, tsunâmi, acentuada conforme o acordo ortográfico da língua portuguesa.[1][2]
Alguns autores defendem que o termo tsunami é um estrangeirismo desnecessário, dado que significaria o mesmo que a forma "maremoto", já existente em português há séculos. É o caso do dicionário Priberam (Portugal). Já os dicionário da Porto Editora (Portugal) e os brasileiros Dicionário Houaiss e Dicionário Aurélio atribuem sentido diferente aos dois fenômenos: os maremotos seriam qualquer movimentação anômala do mar proveniente de um terremoto (em terra firme próxima, ou mesmo abaixo do oceano), ou mesmo por outros fatores, enquanto os tsunâmis seriam as ondas provocadas por um maremoto - especificamente, no caso, só as as ondas que atingem alguma área continental, provocando efeitos sobre a superfície terrestre.
Em português, tsunâmis eram muitas vezes chamados ondas de maré. Nos últimos anos, esse termo caiu em desuso, especialmente na comunidade científica, ao se constatar que os tsunâmis nada têm a ver com as marés. O termo outrora popular deriva de sua aparência mais comum, que é a de um macaréuextraordinariamente alto. Tsunâmis e marés produzem ondas de água que se movem em terra, mas, no caso do tsunami, o movimento da água em terra é muito maior e dura por um longo período, dando a impressão de uma maré extremamente alta.
Existem apenas algumas outras línguas que têm uma palavra nativa para esse tipo de onda. Na língua tâmil, a palavra é aazhi peralai. Na língua achém, é ië beuna ou alôn buluëk[8] (dependendo do dialeto. Note que, na língua austronésia tagalo, uma língua importante nas Filipinasalon significa "onda"). Na ilha Simeulue, fora da costa ocidental de Sumatra, na Indonésia, na língua defayan, a palavra é semong, enquanto que, na língua sigulai, é emong.[9]

Causas[editar | editar código-fonte]

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A maioria dos tsunâmis são gerados por sismos submarinos (legendas em inglês).
Um tsunami pode ser gerado quando os limites de placas tectônicas convergentes ou destrutivas movem-se abruptamente e deslocam verticalmente a água sobrejacente. É muito improvável que esses movimentos podem formar-se em limites divergentes (construtivo) ou conservativos das placas tectônicas. Isso ocorre porque esses limites em geral não perturbam o deslocamento vertical da coluna de água. Sismos relacionados a zona de subducção geram a maioria dos tsunamis. Pesquisadores, em 2017, descobriram que o movimento horizontal do fundo do mar inclinado durante um terremoto subaquático pode dar tsunâmis um impulso crítico. Os cientistas assumiam anteriormente que o movimento vertical sozinho contribuia a maior parte da energia de um tsunâmi.[10][11]Tsunâmis têm uma pequena amplitude (altura da onda) em alto mar e um comprimento de onda muito longo (muitas vezes centenas de quilômetros de comprimento), sendo por isso que geralmente passam despercebidos no mar, formando apenas uma ligeira ondulação de normalmente cerca de 300 milímetros (12 polegadas) acima do normal superfície do mar. Eles crescem em altura quando atingem águas mais rasas, em um processo de empolamento da onda descrito abaixo. Um tsunami pode ocorrer em qualquer estado de maré e até mesmo na maré baixa ainda pode inundar áreas costeiras.
Em 1 de abril de 1946, um sismo de magnitude 7,8 (escala Richter) ocorreu perto das Ilhas Aleutas, no AlascaEstados Unidos. Isso gerou um tsunâmi com 14 metros de altura que inundou Hilo, na ilha do Havaí. A área onde o abalo sísmico ocorreu no oceano Pacífico é zona de subducção abaixo do Alasca.
Exemplos de tsunami em locais fora dos limites convergentes incluem Storegga há cerca de 8000 anos, Grandes Bancos em 1929Papua-Nova Guiné em 1998 (Tappin, 2001). Os tsunâmis da Papua-Nova Guiné e dos Grandes Bancos vieram de terremotos desestabilizaram os sedimentos, forçando-os a fluir para o oceano e gerar um tsunâmi. Eles se dissipou antes de atravessar distâncias transoceânicas.
A causa da falha de sedimentos Storegga é desconhecida. As possibilidades incluem uma sobrecarga dos sedimentos, um terremoto ou uma versão de hidratos de gás (metano, etc)
sismo de Valdivia de 1960 (Mw 9,5), o sismo do Alasca de 1964 (Mw 9,2), e o sismo do Índico de 2004 (Mw 9,2), são exemplos recentes de terremotos poderosos que geraram tsunâmis (conhecido como teletsunâmis), que podem atravessar oceanos inteiros. Abalos menores (Mw 4,2) no Japão podem provocar maremotos (chamados "tsunâmis locais" e "tsunâmis regionais") que só podem devastar as costas nas proximidades, mas podem fazê-lo em apenas alguns minutos.
Em 1950, foi colocada a hipótese de que tsunâmis maiores do que anteriormente se acreditava possível podem ser causados por deslizamentos de terra, erupções vulcânicas explosivas (por exemplo, Santorini e Krakatoa) e eventos de impacto quando em contato com a água. Esses fenômenos deslocam rapidamente grandes volumes de água, como a energia da queda de detritos ou expansão das transferências para a água a uma taxa mais rápida do que a água pode absorver. A mídia costuma chamar esses eventos de "megatsunâmis".
Tsunâmis causados por esses mecanismos, ao contrário do tsunami transoceânico, podem se dissipar rapidamente e raramente afetam costas distantes, devido à pequena área de mar afetada. Estes acontecimentos podem dar origem a ondas de choque locais muito maiores (sóliton), tais como o deslizamento de terra na Baía Lituya, no Alasca em 1958, que produziu uma onda com um pico inicial estimado em 524 metros. No entanto, um deslizamento de terra muito grande pode gerar um megatsunâmi que pode percorrer distâncias transoceânicas, embora não haja evidências geológicas para apoiar esta hipótese.

Geração por abalos sísmicos[editar | editar código-fonte]


Sirenes por tsunami em DiliTimor-Leste.
Um terremoto pode gerar um tsunami se o tremor:
  • ocorrer logo abaixo de um corpo de água;
  • for de magnitude moderada ou alta;
  • Deslocar um volume bem grande de água.

Características[editar | editar código-fonte]


Quando a onda entra em águas rasas, ela diminui e sua amplitude (altura) aumenta.
As ondas geradas por ventos corriqueiros e ondas de gravidade têm um comprimento de onda (comprimento entre as cristas) de cerca de 100 metros e uma altura de alguns centímetros. Entretanto, um tsunâmi em alto mar tem um comprimento de onda de cerca de 200 km. Essa onda pode viajar a mais de 800 km/h, mas devido ao seu grande comprimento de onda, seu período (intervalo de tempo entre a passagem de uma crista e outra no mesmo local) pode durar de 20 a 30 minutos, e a amplitude de onda pode não passar de um metro.[12] Isso torna difícil a detecção de tsunâmis em águas profundas. Navios raramente notam a sua passagem.
À medida que o tsunami se aproxima da costa e as águas se tornam rasas, o empolamento da onda comprime a própria onda e sua velocidade diminui para menos de 80 km/h. Seu comprimento de onda diminui para menos de 20 km e sua amplitude cresce significativamente, produzindo uma onda claramente visível. Com o advento do tsunami sobre águas cada vez mais rasas, a velocidade da onda diminui pouco a pouco, podendo desacelerar para menos de 20 quilômetros por hora. Seu comprimento de onda pode diminuir para apenas alguns metros e sua amplitude pode alcançar mais de 10 metros; a altura da onda pode variar dependendo da intensidade do tsunami e do relevo da plataforma continental. Exceto para os tsunâmis muito grandes, a onda, ao se aproximar, não quebra, mas assemelha-se a um macaréu de grande velocidade.[13] A variação da profundidade da plataforma continental pode alterar a altura da onda. Nas baías abertas e zonas costeiras adjacentes às águas profundas, onde há uma plataforma continental relativamente estreita, a altura do tsunami pode aumentar consideravelmente.
O aumento do nível das águas causado pelo tsunâmi é medido em metros acima do nível do mar.[13] Um grande tsunami pode apresentar uma sequência de várias ondas que chegam durante um período de minutos a horas, sendo que o tempo entre uma onda e outra pode variar significativamente. A primeira onda a chegar à praia pode não trazer um significativo aumento do nível das águas,[14] pois esta perde energia ao encontrar com águas mais rasas. As ondas subsequentes são beneficiadas pelo aumento do nível do mar, podendo alcançar com mais impacto as regiões costeiras.
Cerca de 80% dos tsunâmis ocorrem no Oceano Pacífico, mas podem acontecer em qualquer grande massa de água, incluindo lagos. Além dos sismos, os tsunâmis podem ser causados por deslizamentos de terra, explosões vulcânicas e impacto de objetos de grandes dimensões.

História[editar | editar código-fonte]

Ficheiro:Samoa tsunami animation 20090929 samoa a.ogv
tsunami de Samoa em setembro de 2009.

Uma praia devastada em Chennai após o terremoto do Índico de 2004.

Animação exemplificativa do Tsunami do Índico, em 2004.
Embora os tsunâmis ocorram mais frequentemente no Oceano Pacífico, podem ocorrer em qualquer lugar. Existem muitas descrições antigas de ondas repentinas e catastróficas, particularmente em torno do Mar Mediterrâneo. Milhares de portugueses que sobreviveram ao grande Sismo de Lisboa de 1755 foram mortos por um tsunami que se seguiu poucos minutos depois. Antes da grande onda atingir, as águas do porto retrocederam, revelando carregamentos perdidos e naufrágios abandonados. No Atlântico Norte, o Storegga Slide tem a maior incidência.

Santorini[editar | editar código-fonte]

Estima-se que teria ocorrido entre 1650 e 1600 a.C. uma violenta erupção vulcânica na ilha grega de Santorini. Este fenómeno devastador levou à formação de um tsunâmi cuja altura máxima teria oscilado entre os 100 e os 150 metros. Como resultado deste tsunami, a costa norte da ilha de Creta foi devastada até 70 quilômetros da mesma. Aquela onda teria certamente eliminado a grande maioria da população minoica que habitava ao longo da zona norte da ilha.

A explosão do Krakatoa[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Krakatao
A ilha-vulcão de Krakatoa, na Indonésia, explodiu com fúria devastadora em 1883. Várias ondas-tsunami geraram-se a partir da explosão, algumas atingindo os 40 metros acima do nível do mar. Foram observadas ao longo do Oceano Índico e Pacífico, na costa ocidental dos Estados UnidosAmérica do Sul, e mesmo perto do Canal da Mancha. Nas costas das ilhas de Java e Sumatra, a inundação entrou vários quilômetros adentro, causando inúmeras vítimas, o que influenciou a desistência da população em reabitar a costa, e subsequente êxodo para a selva. Atualmente, esta zona é designada por reserva natural Ujung Kulon. O vulcão se desintegrou totalmente e, desde 1927, no mesmo local do Krakatoa, surgiu o Anak Krakatau (filho de Krakatoa), que cresce cerca de cinco metros por ano, hoje alcançando 800 metros de altura e frequentemente ativo.[15] Suas ondas destruíram toda a vila que havia ali perto bem como o farol que orientava os navegantes, restando apenas sua base. A 50 metros dali, um novo farol foi construído.

22 de maio de 1960: O tsunami chileno[editar | editar código-fonte]

grande terremoto do Chile, o mais intenso terremoto já registrado,[16] ocorreu na costa sul-central do Chile, gerando um dos mais destruidores tsunâmis do século XX. Morreram por volta de 250 mil pessoas.

12 de julho de 1993: Hokkaido[editar | editar código-fonte]

Um devastador tsunâmi ocorreu na costa da ilha de Hokkaido, no Japão em 12 de Julho de 1993, como resultado de um terremoto, resultando na morte de 202 pessoas na ilha de Okushiri e no desaparecimento de um número indeterminado.
Muitas cidades ao redor do Oceano Pacífico, principalmente no Japão e Hawaii, possuem sistemas de alerta e evacuação em caso da ocorrência de tsunâmis. Os tsunâmis de origem vulcânica ou tectónica podem ser previstos pelos institutos sismológicos e o seu avanço pode ser monitorizado por satélites.

26 de dezembro de 2004: Tsunâmi do Oceano Índico[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Sismo do Índico de 2004
sismo do Índico de 2004 disparou uma sequência de tsunâmis fatais em 26 de dezembro de 2004, com vítimas fatais relatadas em mais de 285.000. Após a tragédia, várias organizações de ajuda humanitária e governos de vários países disponibilizaram ajuda. A maior doação particular foi feita pela guru indiana Mata Amritanandamayi, também conhecida como "Amma", a grande mãe.

11 de março de 2011: Tsunâmi no Japão[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Sismo de Sendai de 2011
Ocorreu às 5:46 (UTC), 14:46 hora local, de 11 de março de 2011, que alcançou uma magnitude de 9,0 na escala sismológica de magnitude de momento (MW) e teve epicentro 130 km a leste de Sendai, no mar e ao largo da costa oriental da Região de Tohoku, na ilha de HonshuJapão, e a 700 km da capital, Tóquio.[17]Trata-se do mais forte sismo a atingir o Japão nos últimos 140 anos.[18]

6 de fevereiro de 2013: Ilhas Salomão[editar | editar código-fonte]

Ocorreu na quarta-feira (horário local) com um terremoto de 8,0 graus na Escala Richter. Teve um epicentro de até 1 metro, deixando 9 pessoas mortas, entre elas uma criança do sexo masculino e quatro idosos. Logo depois, um dia após o tsunami, vários terremotos atingiram as Ilhas Salomão, com riscos de grandes tsunâmis. O último tremor de 6,1 graus ocorreu às 19:30 locais (06:03, horário de Brasília) a 10 km de profundidade e a 314 quilômetros da cidade de Kira Kira.

Outros tsunâmis históricos[editar | editar código-fonte]

DataMagnitudeAlt. máx.MortesLocal
2 de setembro de 19927,210 m170Nicarágua
12 de dezembro de 19927,526 m1 000Ilha de FloresIndonésia
12 de julho de 19937,630 m200HokaidoJapão
2 de junho de 19947,214 m220Java, Indonésia
4 de outubro de 19948,111 m11Ilhas Curilas
14 de Novembro de 19947,17 m70MindoroFilipinas
21 de fevereiro de 19967,55 m12Peru
17 de julho de 19987,015 m2 000Nova Guiné
23 de junho de 20018,35 m50Peru
Oceano Índico
26 de dezembro de 2004
9,010 mc. 230 000Oceano Índico
Japão
11 de março de 2011
9,010 mc. 1 600Oceano Pacífico
Outros tsunâmis ocorridos incluem os seguintes:
  • Um dos piores desastres com tsunâmis arrasaram vilas inteiras ao longo de Sanriku, Japão, em 1896. Uma onda com uma altura de mais de sete andares afogou 26 mil pessoas. Mais de trinta mil pessoas morreram em Java durante um tsunâmi causado por uma erupção vulcânica no ano de 1883, quando a pequena ilha vizinha de Krakatoa explodiu seu vulcão interior.

Ameaças futuras[editar | editar código-fonte]

Em 2001, cientistas previram que uma futura erupção do instável vulcão Cumbre Vieja em La Palma (uma ilha das Ilhas Canárias) poderia causar um imenso deslizamento de terra para dentro do mar. Nesse potencial deslizamento de terra, a metade oeste da ilha (pesando provavelmente 500 bilhões de toneladas) iria catastroficamente deslizar para dentro do oceano. Esse deslizamento causaria uma megatsunâmi de cem metros que devastaria a costa da África noroeste, com uma tsunâmi de trinta a cinquenta metros alcançando a costa leste da América do Norte muitas horas depois, causando devastação costeira em massa e a morte de prováveis milhões de pessoas. Especula-se também acerca da possibilidade de tal cataclisma atingir a costa norte brasileira, fato que desperta a preocupação de algumas autoridades, tendo em vista a inexistência de qualquer mecanismo de prevenção de tsunâmis no Brasil.[19][20]