quarta-feira, 4 de dezembro de 2019
CAPÍTULO 1
Apresentação Geral do SPSS
Atualmente a pesquisa científica tem avançado muito a partir dos recursos da estatística.
Esse avanço requer que o usuário saiba operar o software, além de ser capaz de compreender e
analisar os resultados que o programa oferece, além de organizar as informações a serem
inseridas no programa de análise de dados.
O objetivo desta apostila é introduzir o usuário ao programa estatístico SPSS – Statistical
Package for the Social Science – que se tornou o principal software para análise de dados nas
ciências humanas e sociais.
Esta apostila possui a pretensão de aliar informações sobre o software com informações
sobre estatística a partir de alguns recursos gerais do software. Não se pretende exaurir as
possibilidades, tendo em vista que as informações foram elaboradas a partir da versão 18.0 do
software e explora apenas os recursos principais. A versão 18.0 possui o nome PASW em virtude
da aquisição dos direitos do programa pela IBM.
O SPSS (Statistical Package for the Social Science) como o próprio nome sugere, é um
software com pacote estatístico para construção, controle, inserção, obtenção de resultados e
tomada de decisões baseadas em estatísticas. Entre muitos outros softwares, o SPSS caracterizase pela fácil utilização do usuário final, ou seja, como tudo que se deseja no programa pode ser
feito através do sistema point and click (apontar e clicar), não é necessário que o usuário final seja
programador, como acontece com muitos outros programas estatísticos. Outra vantagem é que a
quantidade de observações (número de linhas de um banco de dados) não é limitada, como por
exemplo, no software Excel, que limita a quantidade de linhas em 65 mil. Isso é muito importante
quando utilizamos banco de dados com um número grande de observações ou casos, como por
exemplo, nos microdados da polícia civil, onde um arquivo anual pode chegar a mais de dois
milhões de observações, ou como no caso das muitas pesquisas realizadas pelo IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística), em que o número de observações por pesquisa é grande.
Com o aplicativo SPSS, podemos calcular, filtrar, recodificar, agregar e obter resultados
sobre variáveis de maneira simples e direta, sendo esses os recursos mínimos do programa. Neste
pequeno manual, veremos como aplicar algumas das possibilidades do SPSS sobre banco de
dados. Esta apostila define-se por sua aplicabilidade básica e uso introdutório do programa, ou
ainda, esta apostila não tenciona exaurir todas as possibilidades que o programa oferta, sendo
apenas uma ferramenta inicial para o usuário de banco de dados. Vale repetir que, os passos aqui
apontados garantem apenas uma noção introdutória, porém necessária ao analista de dados.
Deste modo, vamos ao programa...
Apresentação das Janelas de Trabalho
O SPSS está baseado no ambiente Windows, de fácil operação e possui grande
abrangência, pois permite realizar uma diversidade de análises estatísticas e gráficas. A principal
janela de trabalho é apresentada abaixo e ela compõe o arquivo inicial do software: o arquivo de
dados cuja extensão é .sav. A figura 1.0 mostra a janela inicial de digitação de dados do SPSS Data
Editor, na qual os bancos de dados são gerados e analisados.
Figura 1.0 – Janela principal do SPSS
O SPSS possui quatro janelas, a saber: (i) INPUT ou janela de entrada de dados; (ii)
OUTPUT ou janela de resultados; (iii) SYNTAX ou janela de programação sobre a janela de entrada
de dados; (iv) SCRIPT ou janela de programação sobre a janela de resultados. Nesta apostila
concentraremos a atenção somente em duas janelas: SAV e OUTPUT, que estão nas figuras 1.1 e
1.2.
JANELA de INPUT
Na janela inicial, são apresentadas colunas e linhas para inserção de dados, além de um menu de
opções de análises e tarefas que podem ser realizadas pelo software. Na janela SPSS/PASW Data
Editor, as linhas indicam os casos (participantes, respondentes, sujeitos) da pesquisa e as colunas
representam as variáveis de pesquisa. Essa janela é a principal e gera três tipos de arquivos
usados pelo SPSS: o arquivo .sav; o arquivo de resultados ou output de terminação .spo; e o
arquivo syntax de terminação .sps. O arquivo .sav armazena todas as informações do banco de
dados, como definição de variáveis e dados inseridos.
Figura 1.1 Janela de output
Navegador do output
Na janela de INPUT existem duas planilhas: uma de dados e outra de metadados. A
primeira refere-se à entrada de dados propriamente dita e a segunda é onde armazenamos as
informações de cada variável do nosso banco de dados, já que variáveis podem ter formatos e
configurações diferentes.
Por exemplo, a variável sexo é definida por somente duas categorias e pode ser de
formato numérico ou de texto. Já uma outra variável, por exemplo, cor ou raça, possui mais de
duas categorias. Estas categorias devem ser definidas na planilha de metadados, mas voltaremos
a este assunto mais tarde.
Pasta de
Resultados do
output
A janela de INPUT do SPSS se parece muito com uma planilha do Excel, mas possui
conformação diferente, ou ainda, no INPUT as variáveis são tratadas em conjunto e não podem
ter alterações diversas em uma mesma variável. Por exemplo, no excel podemos realizar cálculos
diferentes em várias células diferentes numa mesma coluna. No SPSS, pelo menos em princípio,
isso não é possível. No SPSS cada coluna refere-se a uma única variável, enquanto que cada linha
refere-se a um caso. Se definirmos a segunda coluna como sendo a variável SEXO, em todo o
banco de dados àquela coluna só deverá receber informações sobre o sexo dos observados.
Numa outra coluna definida como COR ou RAÇA, esta variável só deverá receber informações de
cor ou raça dos observados, e assim por diante. Quando nos referimos às linhas, cada uma referese a um conjunto organizado de variáveis sobre um mesmo indivíduo. Portanto, o número total
de linhas refere-se ao número total de observações ou indivíduos dentro do nosso banco de
dados e o número de colunas refere-se ao número total de variáveis dentro deste mesmo banco
de dados.
A seguir temos um exemplo de como ficaria um pequeno banco de dados com sexo e cor ou raça.
Figura 1.2 Janela principal do SPSS com separação da planilha de dados e de metadados.
Planilha de
metadados
Planilha de
dados
Como dito anteriormente, na janela de INPUT existem duas planilhas: uma de dados e outra de
metadados. A planilha de metadados é o local de definição de cada variável, por exemplo, o
tamanho da variável, a definição do seu rótulo, suas categorias etc. Nesta planilha cada linha
contém informações sobre uma única variável e cada coluna a definição de cada uma das
variáveis constantes num banco de dados qualquer. No exemplo abaixo temos uma visualização
melhor disso, de acordo com a figura 1.3.
Figura 1.3 – Planilha de metadados.
A janela acima apresentada na Figura 1.3 possui várias colunas relativas aos principais
parâmetros de cada uma das variáveis da planilha. São oito colunas:
Name: refere-se ao nome da variável, composto de até oito caracteres (a depender da versão do
programa), que será colocado nas colunas da janela de input de dados. Deve-se clicar em
qualquer cela dessa coluna para que se possa digitar o nome da variável; Type: refere-se ao tipo
Especificações das
variáveis nas colunas
Linhas: apresentam as
variáveis
de variável, ou seja, sua característica de notação (numérica, qualitativa, etc). Clicando-se na cela
desta coluna abre-se a caixa de diálogo da Figura 1.3. Observe que a caixa de diálogo Variable
Type permite a escolha de vários tipos de variáveis. A definição de cada uma pode ser acessada
clicando-se no botão direito do mouse colocado em cima da opção (ver reprodução na Figura 1.3).
Esta mesma caixa de diálogo também permite a escolha de outras características da variável
(width e decimal places – ver definições abaixo).
Width: diz respeito ao número de caracteres da variável. Pode ser definido diretamente na cela
ou através da caixa de diálogo Variable Type reproduzida na Figura 1.4.
Decimals define o número de casas decimais, a direita da vírgula, que serão apresentadas. Da
mesma forma que o Width, pode ser definido diretamente na cela ou na caixa de diálogo Variable
Type. Label define o nome atribuído a uma variável e não possui restrição de número de
caracteres (e.g., idade, escolaridade, descrição do item de um questionário, entre outras); Value
refere-se aos valores que os labels podem assumir. Neste parâmetro o pesquisador deve definir
todos os possíveis valores que uma variável pode assumir. Um tipo comum nas ciências sociais é a
escala Likert (1 = discordo totalmente; 2 = discordo...); Missing define o tipo de tratamento para
os casos ausentes que o pesquisador quer adotar. O Default do programa geralmente é usado,
mas outros valores podem ser definidos (e.g. 999 ou 99); Columns define o tamanho da coluna da
variável, que será apresentada na janela de input de dados; Align define o alinhamento dentro de
cada célula da planilha de dados; Measure que informa o tipo de variável (contínua ou discreta)
sendo estudada pelo pesquisador. Esta definição é fundamental, pois o software habilitará o uso
das variáveis em certos procedimentos a partir do tipo de medida (measure) selecionada. Na
construção de um arquivo de dados para digitação de dados é importante criar como primeira
variável uma coluna de identificação. A função desta é criar um rótulo (variável nominal) de
identificação do questionário dentro do banco de dados. A Figura 1.4 apresenta, na primeira
coluna, uma variável denominada Id ou identificação dos sujeitos. Este rótulo é importante para
que o questionário possa ser identificado a qualquer momento, para correção de erros de
digitação ou retorno ao questionário para coletar qualquer tipo de informação. A contagem
automática do SPSS não é confiável, pois a exclusão de qualquer caso acarretará na modificação
da numeração de todos os subsequentes.
Na planilha de metadados iremos definir como será cada variável de nosso banco de
dados, usaremos o exemplo da variável SEXO para demonstrar como inserir informações que
definem uma variável qualquer.
Na coluna chamada “Name” criamos o nome que a variável vai ter no banco de dados, lembrando
sempre que uma variável não pode ter o mesmo nome que outra. Este nome é único e é ele que
distingue a variável dentro do conjunto de variáveis do banco de dados.
A segunda coluna chamada “Type” define que tipo de variável ela será: numérica, texto, data etc.
No exemplo vamos utilizar o tipo numérico, pois a variável sexo é do tipo categórica e pode, desta
maneira, ter números associados a um texto qualquer. Ao clicarmos na célula da coluna “Type”
uma pequena caixa com três pontos aparece, se clicarmos nele aparece uma nova caixa de
diálogo para escolhermos o tipo da variável. É possível escolher ainda o tamanho dos caracteres
da variável, bem como o número de casas decimais.
Figura 1.4. Apresentação da janela Variable Type
Na coluna chamada “Width” definimos o número de caracteres da variável e na columa
“Decimals” definimos as casas decimais da variável numérica. Na coluna “Label” entra a definição
do que exatamente se refere a variável, no exemplo refere-se ao sexo dos entrevistados.
Na coluna chamada “Values” definimos os valores associados a cada categoria da variável. No
exemplo, a categoria “masculino” será definda como número “1” e a categoria “Feminino” como
número “2”. Isso fica mais bem exemplificado na figura 1.5. Ao clicarmos na célula da coluna
“Values” uma pequena caixa com três pontos aparece, se clicarmos nele aparece uma nova caixa
de diálogo para associarmos os valores às categorias:
O primeiro quadro branco é destinado para o número e o segundo é destinado para a
categoria, feito isso, basta clicar no botão “Add” e a associação passa para o quadro maior. A
mesma coisa deve ser feita com a segunda categoria ou com quantas categorias tiverem de ser.
Terminado o processo, é só clicar no botão “OK”.
Figura 1.5. Inserção de rótulos
Abaixo do botão “Add” existem mais dois botões: “Change” que é utilizado para trocar
valores ou categorias digitados errados e “Remove” que é utilizado para remover uma categoria
indesejada.
Na Coluna chamada “Missing” é possível escolher valores que queremos descartar numa
dada estatística, este recurso permite que os valores inseridos como missing, por exemplo, não
estejam incluídos numa freqüência ou tabela de duas entradas qualquer, porém estes valores não
se perdem no banco de dados. As três últimas colunas referem-se a: “Columns” que define o
tamanho físico da variável no banco de dados; “Align” para o alinhamento da informação na
célula, se à direita ou esquerda ou centro; “Measure” para o tipo de mensuração da variável, se
escalar ou nominal ou ordinal.
O SPSS possui ainda mais janelas de trabalho. A próxima a ser apresentada refere-se ao
output do programa. Nesta janela são geradas as tabelas e os gráficos processados a pedido do
usuário. Quando qualquer tipo de procedimento é executado, mesmo na janela de input, os
resultados são gerados na janela de output, que se abre automaticamente quando o
procedimento de análise é solicitado. Essa janela é, também, um outro tipo de arquivo, com
terminação .spo. É importante o usuário ter em mente que deve executar o procedimento de
nomeação e salvamento desta janela, para que se torne uma janela de resultados do SPSS. A
Figura 1.5 apresenta esta janela do programa.
Figura 1.5 Janela de output do programa
A outra janela de trabalho do SPSS é a de syntax. Esta janela possibilita a execução de
análises estatísticas e a geração de gráficos a partir dos códigos de comando do programa. Este
tipo de janela é muito útil quando o padrão de análise de dados é extremamente complexo e/ou
exige que as análises sejam feitas com frequência (como aquelas para relatórios periódicos) ou
quando as mesmas análises devem ser feitas com diferentes variáveis, o que possibilita apenas
que o nome das variáveis seja modificado, sem precisar repetir os procedimentos nos menus do
programa. Também é importante ressaltar que, a exemplo da janela de output, a janela de syntax
também é um arquivo diferenciado, com terminação .sps A Figura 1.6 apresenta esta janela de
trabalho do SPSS. A janela de Syntax é ativada sempre que, ao realizar uma análise, selecionamos
a opção paste que informa a programação de procedimentos a serem realizados.
Figura 1.6 Janela de Syntax do SPSS
Ative o comando Run quando
quiser que a programação
seja executada!!!
MENUS DE COMANDO
Na janela SPSS Data Editor o programa possui uma série de menus de comandos, que
possibilitam a manipulação e análise dos dados, bem como os procedimentos do windows para
trabalhar com arquivos. O primeiro desses menus é denominado File e tem como principais
funções a abertura, salvamento, importação, além de outras funções comuns aos diferentes
programas da mesma plataforma operacional ou específicos do SPSS. A figura 1.7 apresenta o
menu File.
No SPSS o menu é bem parecido com os de outros programas, pelo menos até o menu
VIEW. No menu FILE temos a possibilidade de abertura das várias janelas do SPSS, podemos abrir
um novo banco de dados ou buscar um base de dados em outro tipo de linguagem, podemos
ainda salvar uma base já feita por nós, imprimir resultados etc. Neste menu também ficam
armazenados os últimos arquivos trabalhados por nós.
Figura 1.7 Apresentação do Menu File
O segundo menu é o Edit, apresentado pela figura 1.8, que possui as seguintes funções:
voltar a última ação, copiar, colar, cortar, procurar (find) e opções. O menu opções tem como
objetivo definir diferentes parâmetros do programa, como formato de apresentação dos dados
digitados na SPSS Data Editor, o formato de geração das tabelas na janela de output de dados,
entre outras funções.
Figura 1.8 Opções do menu Edit
A Figura 1.8.1 apresenta a janela de diálogo do menu edit/opções. No menu EDIT é possível
desfazer uma ação, além de copiar, colar, excluir, procurar informações, e também entrar na caixa
de diálogo das OPÇÕES do SPSS, para mudança no Default do sistema.
Figura 1.8.1 Apresentações do menu Edit/opções
Este menu de opções é importante para adaptar o padrão de apresentação do programa
às características ou preferências de trabalho do usuário. Por exemplo, na pasta output labels é
importante a definição de apresentação do nome das variáveis e também de seus labels, para que
a tabela de resultados já possa fornecer todas as informações necessárias para a interpretação
dos resultados das análises.
No menu VIEW é possível retirar a barra de status que fica na parte inferior da janela de
INPUT, modificar as fontes, retirar as linhas de grade da planilha, e mostrar os valores dos rótulos
das variáveis, além de possibilitar a adição de “botões” no menu principal, mas não tente fazer
isso em casa. A figura 1.9 apresenta o menu View.
Figura 1.9 Apresentação do menu View
O próximo menu da barra de comandos é denominada Data. Esse menu possibilita
manipular o arquivo de dados de diferentes maneiras. A figura 1.10 apresenta a tela do SPSS com
este menu aberto. No menu DATA, nas primeiras opções, podemos definir os valores de uma
variável, definir datas, inserir variáveis e casos, além de direcionar o cursor para um caso
específico.
Como pode ser observado na Figura 1.10, o menu Data possui vários comandos. Estes
comandos serão apresentados em tópicos a seguir:
• O comando insert variable permite a inserção de uma nova coluna na planilha de dados, ao
lado esquerdo da coluna onde se encontra a cela ativa da planilha;
• o comando insert case irá inserir uma nova linha em uma planilha de dados, acima da linha
em que está a cela ativa da planilha;
• o sort cases realiza um ordenamento de todos os casos de uma planilha (linhas) a partir da
seleção de uma das colunas do arquivo de dados; este ordenamento pode ser em ordem
ascendente ou descendente, como a especificação apontada na janela de diálogo deste
comando;
Figura 1.10: Apresentação do menu Data
No comando Sort Cases, quando a caixa de diálogo é aberta, no lado esquerdo, temos o
conjunto de variáveis do banco de dados. Quando clicamos em qualquer uma variável podemos
passá-la para o quadro em branco da direita, clicando na seta que fica entre os dois quadros.
Podemos também escolher se queremos uma ordem ascendente ou descendente de classificação.
Após a escolha das variáveis ou da variável que irá classificar o banco de dados e só clicar no
botão “OK”. Essas informações estão na figura 1.11.
Figura 1.11: Apresentação do comando Sort Cases
• o comando merge files, que possibilita a inserção de novos casos (linhas) ou variáveis
(colunas) provenientes de um outro arquivo de dados;
• o split files possibilita a separação do banco de dados a partir de uma das variáveis deste
banco. Quando este comando está acionado, por exemplo, as análises resultantes serão
apresentadas para cada uma das categorias definidas por uma variável. Se for acionado o
comando split files para a variável escolaridade na Figura 1.7 serão apresentados os
resultados para os sujeitos pertencentes a cada grupo de escolaridade;
• o comando select cases possibilita a seleção de um grupo de casos em um mesmo arquivo ou
a criação de um outro arquivo a partir de um grupo de casos inicial.
Na opção “Select Cases”, no menu DATA, podemos filtrar algumas observações segundo
uma cláusula condicional qualquer ou podemos selecionar apenas parte do banco de dados para
análises mais refinadas. Ao clicarmos na opção “Select Cases” a seguinte caixa de diálogo abaixo
é aberta. Existem três possibilidades de seleção de casos: (i) “If condition is satisfied”; (ii) Random
sample of cases”; (iii) “Based on time or case range”. A quarta opção é para quando já criamos
uma variável de filtro, e aí podemos usá-la novamente como filtro.
Existe ainda a opção de apenas filtrar o banco de dados sem apagar as observações que
não desejamos no momento utilizando a opção “Filtered”, ou podemos apagar as opções que não
desejamos clicando em “Deleted” no subitem “Unselected Cases Are”.
Figura 1.12: Janela Select Cases
Quando clicamos na opção “If condition is satisfied” o botão “IF” é habilitado para
escolhermos que casos deverão ficar no banco de dados para análise, ou ainda, que casos
satisfazem a condição criada e portanto devem constar do banco de dados. Por exemplo, quando
queremos filtar somente as delegacias da cidade do Rio de Janeiro, estamos criando uma cláusula
condicional de seleção, ou ainda, somente as delegacias que satisfizerem a condição serão
mantidas no banco de dados. Quando clicamos no botão “IF” outra caixa de diálogo é aberta, esta
caixa é para a construção da cláusula condicional.
No nosso exemplo, a condição é a seguinte: vamos selecionar apenas as respostas da
função gerencial, da variável função.
Figura 1.13: Janela Select Cases com exemplo
A variável pode ser escolhida no quadro à esquerda e inserido no quadro da direita
através do botão com a seta. Feito isso clicamos no botão “Continue” e a caixa se fechará,
voltando para a caixa anterior.
Percebe-se que ao lado do Botão “IF” está descrita nossa cláusula condicional e neste
momento precisamos decidir se vamos apenas filtrar a função gerencial sem apagar as demais ou
se vamos apagar as demais, escolhendo “Filtered” ou “Deleted” no subitem “Unselected Cases
Are”. Clicamos em “OK” e o filtro estará acionado.
Cumpre ressaltar que, cada vez que fazemos uma seleção sem apagar as observações que
não cumprem as condições impostas, quando realizamos nova seleção o programa desconsidera a
primeira seleção. Para resolver isso, podemos realizar sucessivas seleções apagando as
observações que não queremos e depois salvar o arquivo com outro nome. Dessa maneira o
arquivo original fica intacto e podemos trabalhar num arquivo novo de tamanho menor, o que
facilita a agilidade computacional do programa, já que o software irá trabalhar sobre menos
observações.
Figura 1.14: Banco de dados com filtro
A segunda opção de seleção “Random sample of cases” é utilizada para selecionar uma
amostra aleatória sobre o total do banco de dados. Por exemplo, vamos observar a dinâmica de
um certo número de casos, mas não podemos analisar todas as dinâmicas pois o trabalho
demandaria muito tempo. Então de posse de todos os casos, poderíamos selecionar apenas a
quantidade suficiente para análise. Quando clicamos no botão “Sample”, e na opção
“Approximately”, é só escolher o percentual do total de casos que desejamos manter no banco
de dados para análise. Por exemplo, podemos escolher apenas 5% do total de casos. A segunda
opção “Exactly” é para quando precisamos, ao invés de um percentual, um número fixo, por
exemplo, queremos 400 casos. Neste sentido clicamos na opção “Exactly” e escrevemos o total de
casos que desejamos. Se o banco de dados tem 24.000 observações, então na segunda caixa da
mesma opção escrevemos este número (no caso 400).
A terceira opção de seleção “Based on time or case range” é utilizada para selecionar uma
faixa de observações contínua no banco de dados. Neste caso escolhemos o número da primeira
observação que queremos deixar e o número da última observação. Por exemplo, podemos
escolher o intervalo que vai da observação 450 até a observação 950. Clicamos no Botão
“Continue” e clicamos em “OK”, o filtro será acionado e só teremos na análise os casos que estão
entre 450 e 950.
Se por outro lado não queremos mais nenhuma seleção podemos clicar na primeira opção
que aparece (“All Cases”) e o filtro é retirado do banco de dados, se e somente se não apagamos
os dados que não satisfizeram as condições. Se por acaso apagarmos os dados que não
satisfizeram as condições impostas não podemos tornar a mostrá-los de novo no banco de dados,
eles são permanentemente excluídos. Por isso, muito cuidado ao apagar os dados numa seleção
qualquer, devemos lembrar sempre de salvar o arquivo com outro nome quando selecionamos
qualquer coisa apagando.
O próximo menu da barra de menus do SPSS é denominado Transform. Este menu
possibilita a transformação de variáveis do arquivo, assim como a criação de novas variáveis no
arquivo de dados a partir de variáveis já presentes no mesmo. No menu TRANSFORM é
possível transformar as variáveis do banco de dados, bem como criar novas variáveis,
executar cálculos, gerar séries temporais e números aleatórios etc.
A Figura 1.15 apresenta o referido menu na janela de input do SPSS. A seguir são
apresentados os comandos desse menu.
• compute é um comando de geração de novas variáveis (ou sobreposição de antigas) a partir
de variáveis já existentes no arquivo de dados. Este comando é que possibilitará, por
exemplo, a geração dos escores fatoriais, gerados a partir da média aritmética de cada um
dos itens componentes do fator. Ele permite a composição e manipulação de variáveis por
meio de dezenas de funções matemáticas;
• o comando recode possibilita a recodificação de valores (labels) de uma variável nela mesma
ou na criação de uma nova variável;
• automatic recode possibilita a recodificação de variáveis em novas variáveis, mas de forma
automática, diferentemente do que possibilita o comando recode, onde a estipulação dos
valores é manual;
• create time series possibilita a geração de uma variável de série temporal dentro de um
arquivo de dados já existentes;
• o comando replace missing values realiza substituições automáticas de casos omissos nas
variáveis selecionadas. Esta substituição pode ser feita pelo valor médio ou mediano, além de
outros métodos. Também é importante ressaltar que o comando gera um novo conjunto de
variáveis, onde a substituição é apresentada.
Na opção “Compute”, no menu TRANSFORM, podemos executar cálculo simples e
complexos e convertê-los em uma nova variável. Ao clicarmos na opção “compute a seguinte
caixa de diálogo é aberta.
Figura 1.15: Janela do menu Transform
Figura 1.16: Janela Compute
Onde está escrito “Target Variable” deverá constar o nome da nova variável. No quadro
“Numeric Expression”, fica o local da expressão numérica do cálculo a ser realizado. Esta função é
achada no quadro à direita chamado “Functions and Special Variables” e inserida no quadro da
expressão numérica através do botão com uma seta que situa-se imediatamente acima do quadro
central, que contém a descrição da função escolhida. A função é representada pela expressão
inserida na janela. Concluída a expressão podemos clicar no botão “OK” e a nova variável será
gerada no final da última coluna ou variável do banco de dados.
Ainda no menu TRANSFORM, temos a opção de recodificar as variáveis, ou seja, fazer a
junção ou modificação dos valores antigos das variáveis para valores novos. As recodificações
podem ser feitas numa mesma variável (Into Same Variables), com a perda definitiva dos valores
da variável antiga, ou pode ser feita criando uma outra variável (Into Different Variables), que é
mais recomendável. Neste caso, a nova variável recodificada será gerada no fim do banco de
dados, logo após a última variável.
Ao clicarmos na opção “Into Different Variables” a seguinte caixa de diálogo aparece a caixa de
diálogo da figura 1.17.
Figura 1.17: Janela Recode into diferente variable
Devemos, a seguir, colocar dentro do quadro “Numeric Variable - Output Variable” a
variável antiga que será recodificada e depois dar um nome a nova variável que será criada. Após
isso, clicamos no botão “Change”. No exemplo a variável antiga é representada pela variável
função e o nome da nova variável é Função2. Feito isso, o botão “Old and New Values” é
habilitado e podemos clicar sobre ele para definir a recodificação; outra caixa de diálogo é aberta.
Figura 1.18: Opções da janela recode
No quadro “Old Value” é onde devem entrar os valores antigos da variável, um de cada
vez. No quadro “New Value” é onde ficam os novos valores da nova variável. Na medida que
inserimos os valores novos e antigos, o botão “Add” é habilitado e clicando nele a transformação
segue para o quadro “Old - New” à direita. No exemplo, temos uma inversão da escala de 1 a 4,
passando para 4 a 1. Terminado de tranformar todos os valores é só clicar no botão “Continue” e
voltaremos à caixa de diálogo anterior. Esse procedimento se encontra na figura 1.19.
Figura 1.19: Exemplo de recodificação de variável
Com a opção “Range” podemos transformar um intervalo de dados em apenas um
número, por exemplo, o intervalo que vai do valor “1” até o valor “18” de uma variável antiga
qualquer pode ser transformado no valor “1” da variável nova, e assim por diante.
O próximo menu de comando é denominado Analyze. Neste menu todos os
procedimentos estatísticos estão concentrados. Aqui são apresentadas todas as técnicas
descritivas e inferenciais, univariadas e multivariadas. Vale uma ressalva: as técnicas descritivas
são aquelas que sintetizam os dados brutos, apresentando os padrões de dispersão (e.g.
variância, desvio padrão) e tendência central (e.g. média, moda e mediana), assim como as
medidas de posicionamento (e.g. quartil, decil, percentil). As análises inferenciais são aquelas que
aplicam modelos probabilísticos, estimando a chance do comportamento observado na amostra
se repetir na população. Quanto a técnicas univariadas, estas levam em consideração apenas uma
variável e as multivariadas levam em consideração múltiplas variáveis. São comandos do menu
analyze: report cases, descriptive statistics, compare means, correlate, regression, data reduction,
scale, entre outros. Durante este curso serão abordadas técnicas estatísticas básicas que se
encontram nos comandos descriptives statistics, correlate e compare means. Esses comandos
serão explorados em outras partes da apostila. As opções do menu Analyse estão na figura 1.20.
Figura 1.20: Opções do menu Analyse
O próximo menu é denominado graph. Este é relativo aos módulos de geração de gráficos
do SPSS, que apresenta uma grande quantidade de recursos de geração e manipulação de dados a
partir de gráficos. A Figura 1.21 apresenta a tela do SPSS com esse menu aberto.
São tipos de gráficos gerados por este menu do SPSS:
• bar apresenta gráficos de barras, ideais para comparação de categorias de uma variável
categórica, como escolaridade, sexo, entre outras. Esse tipo de apresentação também é
importante para aquelas variáveis categóricas que não tem um somatório total de 100%;
• pie é um tipo de gráfico conhecido por pizza. Ele é ideal para variáveis discretas
(categóricas) que possuem somatório total de categorias de 100%;
• box-plot é um gráfico que apresenta o tipo de dispersão de uma variável, apresentando o
mínimo, o máximo, o primeiro e o terceiro quartil e a mediana em uma única
representação gráfica. É direcionado para variáveis contínuas e ideal para observar casos
extremos univariados. O SPSS trabalha a perspectiva de amplitude interquartílica para a
identificação de casos extremos;
• histogram é o gráfico de barras direcionado para variáveis contínuas, onde todas as
observações são encaixadas em intervalos e sua freqüência contatada (eixo X é o
conjunto de intervalos e o Y é a contagem de casos dentro daquela amplitude). Este
gráfico é ideal para observar a normalidade das distribuições;
• scatter é conhecido em português como gráfico de dispersão e apresenta o
relacionamento entre duas variáveis, buscando captar o componente linear de correlação
entre essas variáveis. É uma forma gráfica de captar um coeficiente de correlação
bivariada ou um coeficiente de regressão simples;
• interactive é um módulo do SPSS para trabalhar com todos os gráficos descritos
anteriormente e muitos outros, mas com a possibilidade de geração e manipulação
tridimensional.
Figura 1.21: Opções do menu Graphs
Os gráficos dos SPSS podem ser formatados na janela de output do programa. Para isso
basta clicar duas vezes sobre o gráfico, na janela de output, que uma terceira janela será aberta e
vários procedimentos de formatação podem ser executados, como nomear o gráfico, inserir notas
de rodapé, modificar a cor de partes do gráfico, transpor os eixos, entre muitas outra opções.
Esses procedimentos são importantes para que os gráficos possam sair do SPSS com a aparência
desejada para serem inseridos no corpo de relatórios ou textos.
O menu Analyse e o menu Graphs não serão explorados aqui porque farão parte de
outros tópicos da apostila.
Resumindo...
(Obs: esse resumo foi feito com os comandos da versão 13.0; observe as alterações que o
software sofreu).
As telas ou janelas do SPPS
O SPSS trabalha com quatro telas:
a) a tela de dados - PROGRAM EDITOR - onde se colocam os dados a serem trabalhados ou onde
são carregados os dados criados anteriormente pelo próprio SPSS ou criados por outros
programas. Todos os arquivos de dados do SPSS tem como extensão .SAV
b) a tela de saída - OUTPUT - gerado pelo SPSS ao rodar algum comando. A extensão destes
arquivos são .LST
c) a tela de sintaxe (opcional, caso você queira repetir sequências de procedimentos no SPSS),
cuja extensão é .SPS
d) a tela de gráficos, denominado CHART CARROUSEL, que pode conter um ou mais gráficos.
Cada gráfico deve ser editado e gravado, a extensão é .CHT.
A tela de dados
Ao abrir o SPSS, a primeira tela que ele mostra é a tela de dados – NEWDATA – que é uma matriz
formada por linhas e colunas. Cada linha é um registro, que contém os dados de uma unidade
amostral (sujeitos da pesquisa) e cada coluna é uma variável. Praticamente não existe limite para
linhas e colunas.
var var var var var Var ... ...
1
2
3
...
Suponha que você tem o seguinte banco de dados: nome do aluno, sexo, idade, série, turma
nome sexo idade serie turma ...
1 Luiz Masculino 9 3ª A
2 Carla Feminino 8 2ª B
3 Leonardo Masculino 8 3ª C
4 Paula Feminino 7 2ª D
...
Lembre-se que o SPSS é um pacote em inglês, logo os nomes das variáveis não aceitam acentos, ç,
ífem, etc., use no máximo oito letras. Os rótulos ou LABELS aceitam qualquer símbolo, logo
podemos usar os símbolos próprios do português. Como veremos mais tarde não é necessário
escrever por extenso os rótulos das variáveis, podemos usar códigos e depois dar nome aos
códigos, que podem ser copiados e colados para uso em outras variáveis ou em trabalhos
futuros. Recomenda-se codificar todas as variáveis, mesmo sendo estas de caráter qualitativas, ou
seja entrar como se fosse uma variável numérica, isto facilitará muito o trabalho futuro, como por
exemplo quando estamos usando a técnica da análise de variância.
Ao gravar um banco de dados do SPSS este automaticamente o fará com extensão .SAV, por essa
razão basta dar o nome, também gravará o arquivo no diretório SPSSWIN que contém apenas
arquivos de dados gerados pelo SPSS, a menos que você tenha selecionado um outro diretório.
variáveis
Registros ou
sujeitos
A tela de saída
A tela de saída - OUTPUT - guarda todas as tabelas, estatísticas, testes, resultantes da aplicação
dos comandos nos dados. Às vezes estamos rodando várias vezes o mesmo comando, ou porque
erramos, ou porque inserimos novas opções, cada rodada gera uma saída, logo, a tela de saída
acumula, via de regra, muito lixo, que deve ser limpo para não gravar resultados desnecessários.
Por isso não se esqueça de limpar a tela.
Para limpar a tela de saída, ir no EDIT, clicar SELECT ALL e acionar a tecla DELETE.
Caso você queira guardar a saída num documento WORD, selecione toda a saída, indo no EDIT e
clicando SELECT ALL, copiar com o comando CONTROL C, ou clicando o comando COPY do
comando EDIT e colar no WORD, com o comando COLAR ou CONTROL V. não esqueça de
arrumar a saída, pois via de regra o WORD utiliza o formato padrão e fica desarrumado. Para
arrumar selecione todo o documento e use o tipo de letra COURIER NEW e diminuir o tamanho da
letra.
Outra forma de inserir a saída do SPSS no seu texto do WORD é fazê-lo de forma direta com o
comando copiar/colar. Neste caso, apenas cuide do formato das tabelas, utilize a letra COURIER
NEW .
A tela de sintaxe
Geralmente, em pequenas análises não será necessário usar este recurso, que é muito útil para
rodar um mesmo programa com vários bancos de dados.
A tela de gráficos
O SPSS cria uma tela para cada gráfico e os guarda no CHART CARROUSSEL, caso você queira
gravar um gráfico você deverá editá-lo e depois salvá-lo com um nome, automaticamente o SPSS
colocará a extensão .CHT.
Caso você queira colar esse gráfico no seu relatório, no WORD, por exemplo, você deverá
executar os seguintes passos:
1. Com o gráfico editado no SPSS, ir no menu EDITAR e clicar em COPY CHART;
2. Abrir seu relatório no WORD, colocar o cursor onde você deseja inserir o gráfico e clicar
COLAR ESPECIAL, o WORD abrirá um menu indicando a natureza do gráfico, ai é só dar enter.
Outra forma é copiar e colar direto (Control C no gráfico no SPSS e Control V no WORD).
No WORD para evitar que seu gráfico mude de local a cada alteração é recomendável inseri-lo em
uma caixa de texto.
Um outro cuidado a ser observado com os gráficos gerados pelo SPSS é que editá-los a partir do
WORD aumenta significativamente a quantidade de memória utilizada pelo documento, por esta
razão é melhor deletá-lo e fazer as correções no próprio SPSS e colar de novo.
O menu principal do SPSS
O SPSS é um programa estatístico amigável, praticamente auto-explicativo, conta com a ajuda -
HELP. Os principais comandos são:
File Manipula arquivos de dados, de saída, de sintaxe e de gráficos. Abre arquivos novos
e já existentes, fecha, salva e salva com outro nome; Imprime e outros
subcomandos mais específicos do SPSS.
Edit Edita os arquivos, copia, cola, deleta, seleciona, busca, substitui, entre outros.
Data Manipula os dados, seleciona, sorteia, insere variáveis, renomeia, entre outros
Transform Transforma os dados e variáveis, através de cálculos, recodifica, entre outros
Statistics Disponibiliza as técnicas estatísticas mais usuais na pesquisa científica
Utilities Alguns comandos úteis
Windows Mostras as janelas, em cada janela há um arquivo, geralmente dados, saída e
gráficos
Help Tela de ajuda
O Comando FILE
File Função Nome Significado
New Abre um arquivo novo Data
SPSS Syntax
SPSS Output
Arquivo de dados
Arquivo de
sintaxe
Arquivo de saída
Open Abre um arquivo já existente Data
Oracle
SQL server
SPSS Syntax
SPSS Output
Arquivo de dados
Arquivo de
sintaxe
Arquivo de saída
Read ASCII data Lê um arquivo gravado em ASCII, por exemplo com o EDIT do DOS
Close
Save
Save As
Fecha o arquivo
Salva o arquivo
Salva o arquivo com outro nome
Display data Info
Apply Data Dictionary
Apply Chart Template
Mostra os dados (*)
Mostra a natureza das variáveis
Print
Print Setup
Stop processor
Imprime
Pára o programa
Exit Sair
Para abrir um banco de dados já existente, seguir os passos:
! File
!Open
!Data ! o SPSS abre um menu onde mostra o diretório SPSSWIN e
mostrará os arquivos com extensão .SAV. Clicar duas vezes
o arquivo desejado
Para salvar um banco de dados, seguir os passos:
! File
!Save as ! o SPSS abre um menu onde mostra o diretório SPSSWIN e
mostrará os arquivos com extensão .SAV deixando um espaço,
para colocar o nome desejado.
Quando você está digitando seus dados é recomendável gravar a cada
certo tempo, neste caso: ! File !Save data
Este procedimento pode ser usado tanto para abrir como salvar dados, saídas, gráficos e
programas. Para isto você deve estar na tela que deseja gravar.
Na tela de saída:
! File
!Save as ! o SPSS abre um menu onde mostra o diretório SPSSWIN e
mostrará os arquivos com extensão .LST deixando um espaço,
para colocar o nome desejado.
Na tela de gráficos, editar o gráfico:
! File
!Save as ! o SPSS abre um menu onde mostra o diretório SPSSWIN e
mostrará os arquivos com extensão .CHT deixando um espaço,
para colocar o nome desejado.
O mesmo procedimento para leitura de saídas e/ou gráficos já existentes:
! File !Open ! OUTPUT
! File !Open ! CHART
O Comando EDIT
Como já foi dito, o comando EDIT gerencia os comandos de edição dos arquivos, copia, cola,
procura, limpa, etc.
Edit Teclado Significado
Undo Cut Desfaz o último corte
Cut
Copy
Copy Table
Copy Chart
Shift+Del
Ctrl+Ins
Corta a parte selecionada do arquivo
Copia a parte selecionada do arquivo
Copia uma tabela selecionada
Copia um gráfico (Use para levar o gráfico para o WORD)
Paste
Clear
Select all
Shift+Ins
Del
Cola a parte selecionada do arquivo
Deleta a parte selecionada do arquivo
Seleciona o arquivo inteiro
Search For Data
Search For Text
Replace Text
Round
Alt+F5
F5
Shift+F5
Procura por um dado específico, da variável onde está o
cursor
Procura por um texto específico
Substitui um texto selecionado
Preferences Você pode manipular o formato de saída. Por exemplo, a
ordem “default” das variáveis é alfabética, você pode
modificar para que o SPSS processe na ordem de entrada
dos dados. Aqui, você pode modificar o comprimento dos
valores das variáveis, bem como o número de casas
decimais. No OUTPUT você pode modificar o número de
linha e colunas das páginas da saída.
O Comando DATA
Manipula os dados, tanto as variáveis quanto os registros. Para selecionar uma variável clicar uma
vez no nome dela, a coluna ficará em preto.
O comando DATA
Data Função Como acionar e os subcomandos
Define variable Define as características da
variável em questão
Clicar duas vezes no nome da variável
Name: colocar o nome da variável
Type: diz o tipo de variável (Numérica, StringAlfanumérica, Data, etc.), quantas casas ela
tem e quantos números decimais
Label: são os rótulos para as variáveis
qualitativas. É recomendável definir uma
variável qualitativa como numérica e depois
atribuir os rótulos ou labels. Por exemplo a
variável sexo, digitar 1 para sexo feminino e 2
para sexo masculino e nos labels colocar a
equivalência.
Missing values: define como deve ser os
valores da variável que não tem informação
Column format: formata a coluna de dados
Templates É uma biblioteca de rótulos
que podem ser atribuído as
variáveis. Recomendasse
usar quando várias variáveis
possuem os mesmos labels,
como por exemplo o caso
das variáveis da escala de
atitudes
Para acionar, selecionar as variáveis
desejadas e clicar em templates. Clicar em
define, que abre uma tela inferior. Digitar o
nome desejado em name e em value labels
colocar para cada valor digitado e o nome
desejado. Clicar em ADD para adicionar à
BIBLIOTECA. Clicar em apply, value labels e
dar OK.
Insert Variable Insere uma nova variável Selecionar a variável depois de onde você
queira que o SPSS insira a nova variável,
depois e só clicar este comando.
Insert Case Insere um novo registro
(sujeito)
Selecionar o registro variável depois de onde
você queira que o SPSS insira o novo registro,
depois e só clicar este comando.
Go to case Vai para o registro desejado Digitar o número do registro desejado
Sort cases Ordena o arquivo segundo
os valores de uma variável
Ao clicar neste comando ele abre uma tela
onde você seleciona a variável desejada e a
ordem, A- ascendente, D – descendente
Transpose Cria um novo arquivo onde
as linhas viram colunas e as
colunas linhas
Selecione as variáveis a ser transpostas em
variable(s) a variável chave em variable
name. Está última vai virar nome das
variáveis recém criadas.
Merge Files Junta dois ou mais arquivos.
Os arquivos devem estar
ordenados (Usar SORT)
ADD CASES:
Adiciona novos registros ou junta dois
arquivos, um debaixo do outro. Cuidado pois
as variáveis tem que ter os mesmos nomes. O
SPSS guarda os dados em um novo arquivo,
ou seja não compromete os dados originais
ADD VARIABLES:
Adiciona novas variáveis que estão em outro
arquivo. Neste caso o cuidado é ter uma
variável indexadora, tipo RA, número de
matrícula, número do questionário, etc.
Data Função Como acionar e os subcomandos
Aggregate Cria um novo arquivo com
valores de variáveis
agregadas, pode ser a
soma, média, etc.
Selecionar a variável(s) de agregação e
colocar em break variable, que pode ser mais
de uma. Selecionar a variável(s) que deverão
ser agregadas e colocar em aggregate
variable, que pode ser mais de uma. O defaul
é calcular a média, mas se você quiser usar
outras funções entrar em funtion e trocar. Se
você quiser trocar o nome do novo arquivo
que o SPSS criará entrar em file.
Split file Divide (virtualmente) um
arquivo segundo uma
variável qualitativa
Clicar em repeat analysis for each group
Selecionar a variável desejada e colocar em
group based on. Este recurso é útil quando
temos de fazer relatórios iguais por grupos.
Selected cases Seleciona os casos que
cumprem uma certa
condição
Clicar em if condition is satisfied. Clicar em if.
Selecionar a variável e especificar a condição.
O SPSS cria um filtro e não considerará os
casos que não satisfazem a condição. Este
recurso é bom para encontrar erros no Banco
de dados.
Depois de processar voltar a este comando e
clicar em all cases, para rodar o arquivo
completo.
Weight cases Pondera os valores da
variável
É muito útil quando temos valores que
devem tomar pesos ou ponderações
diferentes
O Comando TRASFORM
Transforma as variáveis, criando novas a partir de outras, recodifica variáveis, etc.
Transform Função Como acionar e os subcomandos
Compute Calcula uma nova variável a
partir de outras já
existentes, podendo usar
todas as funções
matemáticas e estatísticas
Colocar o nome da nova variável em target
variable. Em numerical expression colocar
as variáveis existentes e as operações entre
elas. Por exemplo soma=a1+a2+a3+a4.
Ainda você pode selecionar os casos que
você deseje trabalhar clicando em if
Random Number Seed É a semente para gerar um número aleatório
Count
Recode Recodifica variáveis • Into the same variable: altera os valores
da variável e guarda as alterações na
mesma variável. Selecionar a variável e
entrar em Old and new values, e a cada
valor antigo colocar o valor novo e
adicionar clicando add, no fim dar
continue.
• Into the diferent variable: cria uma nova
variável em função de uma já existente,
seguir o mesmo esquema do item
anterior
Rank cases Atribui postos na variável segundo uma outra
Automatic recode Cria uma nova variável com o mesmo conteúdo da variável desejada
Run Pending
transforms
Roda as transformações pendentes
O Comando ANALYSE
Oferece vários procedimentos estatísticos
Analyse Subcomandos Função
Summarize Frequencies Calcula a tabela de distribuição de frequências.
Descriptives Calcula as principais estatísticas descritivas.
Explore Faz uma análise completa das variáveis,
podendo ainda repetir essas analises por outra
variável.
Crosstabs Calcula a tabela de distribuição de frequências
cruzadas, calcula o teste chi-quadrado para
associação de variáveis e outros testes.
List cases Lista casos escolhendo as variáveis desejadas
Report Summaries in Rows Organiza relatórios em linhas, segundo uma
variável
Compare means Means Calcula a média, o desvio padrão, soma, etc. das
variáveis desejadas.
Independent–sampled Ttest
Calcula o teste de diferença de duas médias de
populações independentes
Paired-sampled T-test Calcula o teste de diferença de duas médias de
populações emparelhadas.
One-Way ANOVA Testa a diferença de médias de mais de duas
amostras
ANOVA models Simple factorial Testa a diferença de médias do modelo fatorial
General factorial Testa a diferença de médias do modelo geral
Multivariate Calcula o teste de análise de variância
multivariada
Correlate Bivariate
Partial
Calcula a matriz de correlação, tomando as
variáveis de duas em duas
Calcula o coeficiente de correlação parcial
Calcula a distância euclidiana entre os casos
Distances (sujeitos)
Regression Linear
Logistic
Probit
Nonlinear
Ajusta o modelo de regressão linear
Ajusta o modelo de regressão logística
Ajusta o modelo Probit
Ajusta um modelo não linear
Loglinear General
Hierarchical
Logit
Classify K-means cluster
Hierarchical clusters
Discriminant
Análise de clusters
Análise de clusters hierárquicos
Análise discriminante
Data Reduction Factor Análise factorial
Scale Reliabity analysis
Multidimensional Scaling
Análise de confiabilidade
Non Parametric
Test
Chi-square
Binomial
Runs
1-Sample K-S
2-Independent Samples
k-Independent Samples
2-Related Samples
K-Related Samples
Testes não paramétricos ou de distribuição livre
Survival Análise de sobrevivência
Multiple response Análise de respostas múltiplas
Comando GRAPHS
Oferece vários tipos de gráficos
Graphs Função Tipo de variáveis
Bar Gráfico de barra Qualitativas, discretas de poucos valores
Line De linha Séries de tempo
Area De área Série de tempo
Pie Circular Qualitativas
Boxplot Da caixa Quantitativas
Scatter De dispersão Relação entre duas variáveis quantitativas,
podendo colorir segundo outra variável
Histogram Histograma Quantitativa (de preferência contínua). Tem
a opção de desenhar a curva normal
superposta ao histograma
O Comando UTILITIES
Oferece vários procedimentos úteis no gerenciamento das informações
Utilities Função
Command Index
Fonts Fonte da letra usada na tela de dados e de saída
Variable Mostra a definição utilizada para a variável
File Info Mostra a definição utilizada para todas as variáveis do arquivo ativo
Output Page Titles Coloca título em todas as páginas
Define sets
Use sets
Grid lines Coloca (ou tira) as linhas de grade da tela de dados
Value labels Mostra os rótulos das variáveis
Auto New case
Designate window
2.3.8 O Comando WINDOWS
Manipula a apresentação das janelas e serve para mudar de janela.
Windows Função
Tile Coloca todas as janelas ativas uma ao lado da outra
Cascade Coloca as janelas em cascata, para mudar de tela é só clicar na tela
desejada
Icon Bar
Status Bar
Mostra as janelas
ativas
Criando um banco de dados no SPSS
O SPSS oferece a opção de criar o banco de dados no próprio SPSS, bem como importar um banco
de dados do EXCEL ou de qualquer outro banco de dados de extensão dbf.
Para criar um banco de dados no próprio SPSS, basta definir cada uma das variáveis e para isso
clicar duas vezes no cabeçalho da variável, o SPSS abre uma tela de definição, onde você indica o
tipo de variável (numérica, string-alfanumérica-, data, etc.), os labels (rótulos), formatos, nome da
variável. Aqui recomenda-se o uso de códigos numéricos para as variáveis qualitativas. Por
exemplo: 1=Masculino, 2=Feminino. Os rótulos podem ser guardados em uma biblioteca que você
pode acessar em qualquer momento, isso economiza tempo e trabalho.
Uma vez criadas as variáveis, você está pronto para digitar seus dados. Retomando o exemplo
anterior:
nome sexo idade serie turma ...
1 Luiz Masculino 9 3ª A
2 Carla Feminino 8 2ª B
3 Leonardo Masculino 8 3ª C
4 Paula Feminino 7 2ª D
...
Codigo nome sexo idade serie turma ...
1 1 Luiz 1 9 3 1
2 2 Carla 2 8 2 2
3 3 Leonardo 1 8 3 3
4 4 Paula 2 7 2 4
... 5
Tabela de códigos:
Embora o SPSS tenha a numeração das
linhas, recomenda-se codificar todos os
sujeitos isso facilita a identificação dos
questionários, principalmente na hora da
crítica e consistência da digitação e das
respostas
Sexo:
1=Masculino
2=Feminino
Série:
1=1ª série
2=2ª série
...
Turma:
1=A
2=B
....
OUTROS MENUS
O menu GRAPHS possibilita a confecção de gráficos ao invés de tabelas ou em conjunto
com elas, porém os recursos gráficos do SPSS, pelo menos os que integram o pacote básico, não
são muito amigáveis. Deste modo, recomenda-se a migração dos resultados obtidos no SPSS para
o Excel, que possui uma interface mais amistosa e conhecida. O menu utilities possui vários
comandos que auxiliam na manipulação dos dados e das variáveis de um arquivo. Existem
comandos para a visualização das variáveis e seus respectivos critérios de definição, estipulados
na janela do SPSS Data Editor (input) chamada variable view.
O menu UTILITIES é voltado para informações gerais das variáveis bem como informações
do sistema operacional do SPSS. Os menus WINDOW e HELP estão comumente presentes em
muito sofwares, não apresentando nenhuma variação significativa nas suas opções.
O menu Window possibilita a mudança de janelas do SPSS, como em qualquer programa
de ambiente windows. O último menu é denominado Help. Nele estão inseridas muitas
informações sobre o programa, desde como executar determinados procedimentos até a
explicação da função de diferentes técnicas estatísticas. Este menu possui um tutorial de procura
de termos, que pode ser muito útil para a proficiência na operação do SPSS.
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