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Teologia liberal
Parte de uma série da História da teologia cristã | |
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Teologia liberal (ou liberalismo teológico) foi um movimento teológico cuja produção se deu entre o final do século XVIII e o início do século XX. Relativizando a autoridade da Bíblia, o liberalismo teológico estabeleceu uma mescla da doutrina bíblica com a filosofia e as ciências da religião. Ainda hoje, um autor que não reconhece a autoridade final da Bíblia em termos de fé e doutrina é denominado, pelo protestantismo ortodoxo, de "teólogo liberal".
Oficialmente, a teologia liberal se iniciou, no meio evangélico, com o alemão Friedrich Schleiermacher(1768-1834), o qual negava essa autoridade e igualmente a historicidade dos milagres de Cristo. Ele não deixou uma só doutrina bíblica sem contestação. Para ele, o que valia era o sentimento humano: se a pessoa "sentia" a comunhão com Deus, ela estaria salva, mesmo sem crer no Evangelho de Cristo.
Meio século depois de Schleiermecher, outro teólogo questionou a autoridade Bíblica, Albrecht Ritschl (1822-1889). Para Ritschl, a experiência individual vale mais que a revelação escrita. Assim, pregava que Jesus só era considerado Filho de Deus porque muitos assim acreditavam, mas na verdade era apenas um grande gênio religioso. Negou assim sistematicamente a satisfação de Cristo pelos pecados da humanidade, pregava que a entrada no Reino de Deus se dava pela prática da caridade e da comunhão entre as pessoas, não pela fé em Cristo.
Ernst Troeltsch (1865-1923) foi outro destacado defensor do liberalismo teológico. Segundo ele, o cristianismo era apenas mais uma religião entre tantas outras, e Deus se revelava em todas, sendo apenas que o cristianismo fora o ápice da revelação. Dessa forma, tal como Schleiermacher, defendia a salvação de não-cristãos, por essa alegada "revelação de Deus" em outras religiões.
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